As estréias nos cinemas brasileiros
Soul Kitchen
Este Soul Kitchen é aquela coisa esquisita, uma comédia turco-alemã (nenhum dos dois povos é famoso por seu senso de humor, ainda mais ajudado por um roteiro coescrito pelo ator de origem grega Bousdoukos, nascido em Hamburgo, onde se passa a ação). Até a metade ainda consegui achar alguma graça, mas o filme vai degringolando dali em diante, sem nunca mais se encontrar (de tal forma que falta imaginação aos roteiristas).
O único jeito de resolver a sequência do leilão acabou sendo inventar uma aparição sem mais nem menos: um botão pula do peito do velho e vai parar na caixa de balinhas do vilão. Ou seja, total e completa apelação, na falta de melhor resolução.
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O Livro de Eli – The Book Eli
O problema é simples: é daqueles filmes que se explicam pela sequência final (não que seja assim tão surpreendente). Não tem jeito de comentar o filme sem, ao menos, dar uma dica do conteúdo.
Na verdade, juntamente com Um Sonho Possível, que por acaso, também estreia esta semana, é daqueles surgidos depois de A Paixão de Cristo, do Mel Gibson, endereçados ao público cristão. Isto é, por trás de uma embalagem de filme de ação, uma espécie de western-pós-apocalítipico (um subgênero surgido depois de Mad Max), se esconde uma mensagem que só vai funcionar para os que acreditam.
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Um Sonho Possível – The Blind Side
Não há a menor dúvida que Sandra é uma figura simpática. Ainda está em forma e sabe exatamente o que faz na tela. Tem domínio total do resultado. Mas vejam o risco: este filme não é comédia, que costuma ser seu ponto forte, é um drama “inspiracional”, ou seja, bem intencionado, com uma história real que pretende ser um bom exemplo de vida. Em outras palavras, é o tipo de história que o público tem rejeitado ultimamente (alguns deles sumiram e nem tiveram qualquer chance, como os dois dirigidos por Denzel Washington ou o brasileiro O Contador de Histórias).
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Criação – Creation
Já que não é um grande filme, realizado por Amiel (O Núcleo, Armadilha, Sommersby), Criação serve para nos familiarizar melhor com a vida de um grande e polêmico cientista, seus problemas familiares (ele se casou com uma prima com quem teve dez filhos, três deles morreram pequenos, em parte pela consanguinidade) e principalmente sua pouca conhecida crise religiosa.
Parece que, já naquela época, ele estava mais do que ciente da polêmica que iria criar. A mulher Emma (a linda Jennifer Connely que na vida real é casada com o ator principal Paul Bettany) era muito religiosa e quase o fez abandonar sua teoria que até hoje ainda é combatida por aqueles que desejam fazer uma leitura ao pé da letra de textos religiosos.
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